A que parte dos teus olhos nus
Envoltos de um líquido salgado
Sustenta teu corpo que produz
Um grito mudo e angústiado
Num ar contido e sufocado
A pressão que te impulsiona
É interrompida pelo peso lançado
Nos pés, o que tensiona
É em resposta à um organismo
Que não se adapta no espaço
Em vão, insistem e batem seus braços
E na beleza lenta do movimento
Adormecem quietos os órgãos
No corpo triste que chega em seu leito.