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Ensaio Reticom

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sábado, 4 de abril de 2015

Massa de Pânico

Medo em doses diárias.
A violência dissolvida e condensada.
Educação precária
Cultura assassinada.
Pobreza generalizada,
De corpo, de alma.
Pânico como um guarda-chuva gigante
Que assombra, faz sombra
Se transforma feito mutante.
Em risos histéricos, relacionamentos periféricos
Amores cotidianos, vida em rotina.
Poluição ardente, resseca os lábios, queima a retina.
Lágrimas não hidratam
Saliva não é água.
Rua não é cama, cigarro não é colo.
Emprego não sustenta e esperteza não é dolo.
Somos juntos, massa do bolo.
A ser assado e ser servido.
Espero que queime a sermos devorados vivos.