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Ensaio Reticom

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quarta-feira, 6 de abril de 2016

ComFusão

Em tempos de ódio, um respiro de amor soa ofensivo!

É necessário se preservar, resistir às imposições da moral burguesa, questionar sem medo, pois se houver respostas, que elas nos levem à outras intermináveis perguntas!
Eu prefiro viver em fusão com aquele que se dispõe, com o contexto que se impõe.
Com fusão se funde, se fode;
se mescla, se morre;
se mata e renasce!
O medo de sentir dor faz a gente inventar amor.
Amor posse, amor sonho, amor doce..
Que arde, adoece, adormece, enfraquece.
E de ardente não passa da epiderme.
Amortece na pele sem destruir razões, sem veracidade...
Por medo de desfazer o que por tempos te fez verdade.
Eu prefiro o caos que destrói uma base covarde,
e nos pedregulhos restantes, do ócio à novos instantes.
Eu prefiro a insegurança, o medo e o alarde
À naturalização do desdém, do alguém, ser ninguém.
Que falsa segurança se provém,
De uma vida limitada, por medo da arrancada,
Que com a morte ou na pancada,
Em todo mortal, sempre vem!