As turbulências estão constantes
O filtro parece entupido...
Da política inconstante às pessoas de instante
As tentativas tolas de estar certo,
Fechados como livros na estante.
Editoriais corrompidos.
Consumidos.
Cansativos.
A tentativa de acompanhar
É vencida e maltratada por uma vida pra inventar.
Tentando respirar, entre cinzas
Que nos poemas nos permitem suspirar,
ainda que ranzinzas.
O frio castiga, empurra pra baixo e pra dentro,
Quem deveria estar atento, ocupando o centro,
Não dormindo em calçada, abraçado ao relento.
Os injustiçados focam na sobrevida,
Os privilegiados, em graus determinados,
se dividem nesta briga:
Alienados, obedientes, pau-mandados...;
Indignados, acadêmicos e revoltados;
E os tranquilos burgueses mal amados!
Tudo na ordem piramidal!
Tudo no caos natural,
Do capitalismo normal.