Sinto dores que não são minhas
Mas me faz querer que acabe!
Choro lágrimas alheias
E não há o que me cale!
É impossível enxergar a realidade e fingir que tudo vai bem
Garantir meu carro, emprego, conforto
Acreditando que a culpa é de ninguém.
Comemos de frente ao corpo morto
Desdenhando a violência e fingindo ser alguém.
Nos é exigido incoerente esforço
Para destaques, prêmios e diferencial
Mas quando na garganta nos chega o caroço
Não mudamos o mundo, mas nos isentamos do mal.
Nosso consumo paga, nosso silêncio contribui
A projeção alivia o dia mas não apaga a luz
A rotina devora enquanto o sangue flui
Que nosso destino chegue e a natureza faça jus.
Conflita-se, valores materiais
Escolhas matinais
Estupros morais
Culturas anais
Não precisamos de mais!
Estima-se por novos olhares
Benção dos mares
Simples gostares
Sempre mais pares!
Escrevi um comentário tão bacana mas deu erro, que merda...
ResponderExcluirEu quero me expressar, reclamar e protestar, mas sem gritar, machucar ou agredir, um protesto silencioso, à base de bandeiras e cartazes... Penso em nossa Faixa de Gaza, a Paulista... Não sei bem o quê, mas calado não posso mais ficar... O Dr. Marcelo não sai de minha cabeça...