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Ensaio Reticom

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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sinto dores que não são minhas
Mas me faz querer que acabe!
Choro lágrimas alheias
E não há o que me cale!

É impossível enxergar a realidade e fingir que tudo vai bem
Garantir meu carro, emprego, conforto
Acreditando que a culpa é de ninguém.
Comemos de frente ao corpo morto
Desdenhando a violência e fingindo ser alguém.

Nos é exigido incoerente esforço
Para destaques, prêmios e diferencial
Mas quando na garganta nos chega o caroço
Não mudamos o mundo, mas nos isentamos do mal.

Nosso consumo paga, nosso silêncio contribui
A projeção alivia o dia mas não apaga a luz
A rotina devora enquanto o sangue flui
Que nosso destino chegue e a natureza faça jus.

Conflita-se, valores materiais
Escolhas matinais
Estupros morais
Culturas anais
Não precisamos de mais!

Estima-se por novos olhares
Benção dos mares
Simples gostares
Sempre mais pares!

Um comentário:

  1. Escrevi um comentário tão bacana mas deu erro, que merda...
    Eu quero me expressar, reclamar e protestar, mas sem gritar, machucar ou agredir, um protesto silencioso, à base de bandeiras e cartazes... Penso em nossa Faixa de Gaza, a Paulista... Não sei bem o quê, mas calado não posso mais ficar... O Dr. Marcelo não sai de minha cabeça...

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