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Ensaio Reticom

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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Temo assustar o amor, de tanto medo que tenho dele...

Não é a dor do erro que me machuca
À ele eu me permito, me transformo, me moldo...
O que amargura é o feio que habita, que tem raiz
Que só se percebe quando os espinhos crescem, fortes e sadios

Quando a defesa te protege do que é belo e seu
Quando a arma aponta de volta, do mesmo jeito, assim sem querer...
Quando você não é pro outro, o todo que o outro é pra você
Quando sua falta é ausência...

Dói quando seu natural não é seu discurso ideal
Dói quando as desculpas não servem, não resolvem
Dói quando o que dói no outro vem de ti como o ar

Temo assustar o amor, de tanto medo que tenho dele...


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