Virá uma geração de comunistas e anarquistas que resistirão aos impulsos sociais de instituir família sob uma relação monogâmica;
Virá uma geração que buscará a revolução dentro de sua própria realidade, buscando reestruturar as relações familiares a partir da empatia e da alteridade, como se deve ter com qualquer outro ser vivo;
Virá uma geração que entenderá que deus está nas manifestações do oprimido, no silêncio dos assassinados, e que paga penitência sob os chicotes de quem tem fé;
Virá uma geração filha da alienação e do egoísmo, que não mais acreditará no amor instantâneo, genético, de rótulos, produto pronto;
Virá uma geração que compreenderá a importância do outro na preservação da vida, do riso, do prazer e assim, conhecerá o amor e a liberdade;
Virá uma geração que entenderá a dor como passagem e como alarme para compreensões maiores, e anulará assim o sofrimento;
Virá uma geração que só conseguirá usufruir do trabalho presente, de produções compostas por seu próprio sangue e suor, negando produtos cujo trabalho não se viveu;
Virá uma geração que descobrirá o prazer ao calar o individualismo;
Virá uma geração que viverá a diversidade como cultura e o compartilhar como sociedade;
Virá uma geração que aceitará como teto apenas as estrelas e como alimento apenas o que brota;
Virá uma geração que louvará mais a terra que o céu, mais a vida que os santos;
Virá!
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