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Ensaio Reticom

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quarta-feira, 13 de março de 2013

Falta a ausência da ansiedade em tudo que me formei.

Não me pergunte por que eu choro
Porque eu não sei porque a paciência se afastou de mim
Não sei onde se escondeu a calma dos primeiros passos

Sei que corri em uma direção e cheguei num mundo de palavras ricas, de significados provocativos
E me percebo turista, mas não quero sair. As palavras insistem por entendimentos e fico por lá,
me perdendo entre significados. Ah, quanto peso que faz sentir-me leve!
Quanta facilidade de expor a ferida sem escancarar a carne.
Quanta simplicidade ao expor a carne em pedaços, morta, com crença de vida. Está por todos os lados.

Claro que não quero voltar! Claro que temo às palavras ocas que decoram espaços empoeirados
Como é difícil à minha prepotência reconhecer-me no açougue. Não pertenço (ainda) a este lugar...
E em cada dança com os textos, me embriago acreditando que posso fingir morar aqui.
Logo a realidade me tomba, com o peso da gravidade.

E de fato, entre o real, ainda são todos pedaços. Pedaços que sobraram e se debatem com tanta força e privação, que não me soam atraentes. Mas suas escritas, seus domínios...! Que produção!

Reconheço-me tão perdida, e tão distante no meu próprio caminho.
Que de vagar, sigo de olhos fechados. E quando sinto uma mão, me permito chorar.
A confiança no outro, faz a minha respirar.
Falta a ausência da ansiedade em tudo que me formei.


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